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publicado em 06/12/2019 00:00

USO DA BIOMASSA É ALTERNATIVA RENOVÁVEL NA GERAÇÃO DE VAPOR PARA A INDÚSTRIA

USO DA BIOMASSA É ALTERNATIVA RENOVÁVEL NA GERAÇÃO DE VAPOR PARA A INDÚSTRIA Com caldeira movida a combustível vegetal, e não gás natural, Unidade Turvo da Ibema Papelcartão deixa de emitir 21 mil toneladas de CO2 por ano

As mudanças climáticas têm exigido substituir combustíveis fósseis (derivados do petróleo) por fontes energéticas renováveis, o que requer adequações nas práticas empresariais em todo o mundo. Uma das principais alternativas é a biomassa (matéria orgânica), queimada diretamente em caldeiras para que a energia térmica seja utilizada na produção de vapor.

Um exemplo de indústria que se adaptou a essa fonte renovável é a Ibema Papelcartão, um dos principais players na América Latina na fabricação de papel para embalagens, que utiliza biomassa em sua Unidade Turvo (na região central do Paraná). Ali, uma caldeira é alimentada com cerca de 2,8 mil toneladas/mês de cavacos de madeira, 100% vindos de árvores de reflorestamento.

O vapor gerado na caldeira (cerca de 12,5 mil toneladas por mês) é usado no processo de aquecimento dos rolos para a secagem do papelcartão produzido na fábrica. Apesar de envolver a queima da biomassa e geração de gases do efeito estufa, o fator de emissão é neutro, pois não se trata de um combustível fóssil. “Com esse combustível renovável, a empresa deixa de emitir 21 mil toneladas de CO2e por ano [toneladas métricas de dióxido de carbono equivalente], quando comparado a uma caldeira movida a gás natural”, explica o gerente de Sustentabilidade da Ibema Papelcartão, Vinícius Panebianchi dos Santos.

A medida se refere à economia obtida na emissão de gases do efeito estufa: as toneladas métricas de dióxido de carbono equivalente são uma medida usada internacionalmente, que transforma outros gases em termos equivalentes ao dióxido de carbono (CO2), levando em consideração seu potencial de aquecimento global.

“Quando utilizamos um combustível de biomassa, o fator de emissão de gases do efeito estufa é praticamente zero, pois, no balanço final, estamos devolvendo à atmosfera um carbono que foi retirado dela durante o crescimento daquela árvore plantada. É diferente da queima de combustível fóssil, que emite um carbono que antes estava armazenado no subsolo em forma de petróleo”, explica Santos.

Com decisões que enfocam a sustentabilidade, indústrias como a Ibema Papelcartão têm alcançado um retorno na qualidade ambiental e também financeiro.

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